sexta-feira, 2 de setembro de 2011

MEU CANTO

Hoje, ao revirar meus alfarrábios, encontrei a letra original, manuscrita, da Composição "MEU CANTO", a qual o grande Amigo e Parceiro CENAIR MAICÁ me deu a honra de musicar.

Cenair escolheu a Composição "MEU CANTO" para ser a Faixa-Título daquele que viria a ser o seu último registro Fonográfico em vida, o LP "Meu Canto".

O grande missioneiro, natural de Tucunduva, radicou-se por muitos anos em Santo Ângelo, tendo sido proprietário de um Restaurante em São Miguel das Missões, junto às Ruínas Missioneiras tombadas e que são hoje Patrimônio Cultural da Humanidade.

Posteriormente, mudou-se para Porto Alegre, tendo também, quando já acometido pela doença que o vitimou precocemente, residido em Soledade.

Cenair Maicá, ao lado de Noel Guarany, Jayme Caetano Braun e Pedro Ortaça, é um dos Quatro Troncos Missioneiros. Por essas e outras, orgulho-me de ter convivido com ele e poder chamá-lo de "PARCEIRO", onde quer que esteja.

Continuo, com muita alegria, mantendo um excelente relacionamento e convívio com toda a FAMÍLIA MAICÁ.

 

Um brinde a CENAIR MAICÁ, o "CANTOR DAS ÁGUAS".


Abaixo, posto a Letra da Canção "MEU CANTO".

 

M E U  C A N T O*

Letra: NENITO SARTURI           Melodia: Cenair Maicá

Em todo o canto onde meu canto chegar

Há de brotar esta semente que plantei

E, desse fruto, nascerá outra semente

- Pela América com o povo cantarei.

Onde há alegria este meu canto brindará,
Se houver tristeza meu canto acalentará,
Nos ranchos pobres, nas favelas e nos campos
Quem ouvir a minha voz levantará.

        Pois todo canto só tem encanto
Se traz um manto cobrindo a dor:
Cura feridas, acorda a vida
Na luta renhida em busca do amor.

Pela justiça este meu canto aclamará,
Pelo humilde e o suor do seu trabalho...
E na consciência do patrão há de chegar
E a sociedade humanizar o operário.

Mas se algum dia meu cantar for sufocado,
Por mão da morte ou por capricho do destino,
Há de ficar meu canto xucro perpetuado
No assobio de alguma boca de menino.


* Poema musicado e gravado por Cenair Maicá, tornando-se a faixa-título de seu último registro fonográfico.

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