segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

DE FILHOS e DIVAGAÇÕES

Sento-me à frente do computador. A tela apela!
É uma compulsão, é quase uma "tara" esse apelo à escrita.
Penso e repenso sobre o que escrever.
Mas, como esse meio novo de comunicação com as pessoas e com o mundo (blog) me dá a possibilidade de divagar, vou escrever hoje sobre meus filhos.
Especialmente sobre aqueles (as) com quem convivo pouco, eis que distantes.
A distância dos filhos (as) tem me judiado muito nos últimos tempos.
Nossos erros, ímpetos, orgulhos e egoísmos, os quais deságuam nas separações, são os algozes que fatalmente fazem dos filhos as maiores vítimas.
E não me venham dizer que os filhos e filhas de pais separados são "a mesma coisa" que aqueles de pais cuja relação perdura uma vida inteira. Sou testemunha inconteste de que isso não é verdade!
Eles (as), com absoluta certeza, sofrem muito mais do que os filhos (as) normais.
Amargam a falta de um colo constante, da palavra de incentivo diária, do "puxão de orelha" dolorido mas necessário.
Minha filha mais velha (Lisandra, 23 anos) formou-se em Direito dia 07 de janeiro.
A Larissa (faz 21 anos dia 28.02), formar-se-á em Jornalismo no final do ano.
Ambas são as legítimas "CDFs". Tenho gosto em "bancar" suas Faculdades: não arredam um milímetro do estudo e não perdem uma disciplina por semestre. (Será que essa dedicação toda não é por estarem distantes de mim?)
Logo, logo, minhas filhas alçarão vôo para mais distante ainda. Esse é o ciclo normal da vida.
Como dizia Gibran "os filhos (as) são como setas disparadas em direção ao alvo". Almejamos que tais "setas" cheguem onde queremos, naquilo que achamos ser o ideal para elas.
Mas não sabemos ao certo se este "alvo" será atingido por nós, pois eles (as) é que definem seu destino.
O caçula (Lorenzo) faz 6 anos em 23.02. Minha "Rapa do Tacho" é uma parada!
Este verão pude curti-lo um pouquinho mais: ficou quase um mês em Santiago, convivendo com os parentes, amigos e com sua amada Cristiane (Babá). Rio muito quando saio à rua de mãos dadas com ele e as pessoas dizem "que lindo o seu netinho!"
E assim a vida vai passando. Como diz meu amigo Dr. Ruy Gessinger, tenho tentado ser um bom pai, apesar das separações. Creio que com inúmeros erros e alguns acertos.
Mas tenho convicção de que meus filhos e filhas não poderão, no futuro, queixar-se de omissões de minha parte. Prefiro que se queixem de meus eventuais excessos e, quiçá, do zelo em demasia.
Prefiro que digam, mais adiante (talvez quando eu não esteja mais neste plano): "é, meu pai dizia isso, e eu não o ouvi!", do que dizerem "mas por que meu pai não me orientou?".
Quanto ao Leonardo (o mais velho, com 25 anos), único que mora comigo, continua sendo o parceiro que aguenta minhas casmurrices de cinquentão.
Em compensação, eu aguento seus arroubos e rebeldias próprias da idade.
E a Direção, Professores, Colegas e Funcionários da nossa URI que nos aguardem: mais cedo ou mais tarde ele se forma. Ufa! Ainda bem que em Universidades particulares não há "jubilação"!
Pelo menos que eu saiba!
Até breve!

3 comentários:

  1. hahaha
    O final do texto ficou engraçado! O mano já leu?! Ah... mesmo que houvesse "jubilação" ele não seria jubilado, também tenho certeza que agora a coisa anda!

    É certo que a distância judia... temos sempre tanta coisa pra fazer, sempre tudo tão corrido... Entretanto, a lembrança é constante, assim como a saudade e a fé de que um dia as coisas serão mais calmas e poderemos recompor um pouco de nós (pai e filha).

    Bjos

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  2. Olá, caro amigo e colega!

    Que bom que agora tens um blog! Assim poderás compartilhar muitos dos teus momentos e do teu talento com aqueles que te admiram e te querem bem!

    Um abraço e perseverança, que o blog está muito bom.

    Nivia

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