PARA REFLETIR:
Frase da filósofa russo-americana Ayn Rand (judia, fugitiva da revolução russa, que chegou aos Estados Unidos na metade da década de 1920), mostrando uma visão com conhecimento de causa:
“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada”.
E, por minha conta, acrescento um Poema da minha lavra, o qual creio estar em "sintonia" com esta mensagem da filósofa russo-americana:
PAGANDO O PREÇO
Nenito Sarturi
De tanto andar despacito
Trilhando as mesmas estradas,
De tanto alçar o seu grito
Nas coxilhas e canhadas,
De tanto enfrenar cavalos
Que empacam no partidor,
De tanto apostar em galos
Que se achicam no tambor...
Um homem, mesmo torena,
Cansado de perder vazas,
Se indaga se vale a pena
Lutar pelas boas causas.
De tanto assistir a inércia
Nos escalões do poder,
De tanto aplaudir discursos
Do falar e não fazer,
De tanto ver triunfarem
As armas da incompetência,
De tanto ver se afastarem
Os ideais da consciência...
Um homem sério e correto
Aos poucos definha e cansa
Vendo a miséria de perto
Vai perdendo a esperança.
De tanto encontrar a fome
Rondando a mesa de tantos,
De tanto ouvir os lamentos
De cantos e desencantos,
De tanto escutar os ventos
Nos ranchos de chão batido,
De tanto trazer nos tentos
A dor dos irmãos sofridos.
Um homem que tem apreço
E morre pela verdade
Viverá pagando o preço
Da honra e da honestidade.
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